Meditação Svetlana: treino de tentativa de controle da terra.
Terra, símbolo de Gaia, de vida.
Aquilo que nela tudo nasce, flori.
Aquela que proporciona cor, sabor e cheiro, mas que não me permite dominá-la.
Foi em uma brincadeira após meu pai ter decidido começar produzir lã de seda, e que necessitava das folhas das amoras para alimentar seus vermes, que passei a me interessar por ela.
A terra seca, de cor marrom escura, não me permitia desviar, assim como a água ou o ar, mas consentia-me conversar e alimentar todos àqueles que estão atrelados à ele.
As folhagens das árvores cada vez mais vistosas, brilhosas, as amoras negras tentadoras e apetitosas para a alimentação dos bichinhos de meu pai. Que não param de crescer e produzir seda para a sua alegria.
Em um breve tocar em uma área fora da cidade de Florença que comecei a conversar com as árvores através a terra. Conseguia banir ervas que prejudicassem a lavoura de meu pai, mas também a passagem de água fresca pelo seu terreno.
Um dos despertos tentou introduzir uma praga na nossa plantação, mas retribui com praga de grilos e murchando todas as outras para que não houvesse mais problemas. Conservei com as plantas e elas me entenderam...
Ainda não entendi o motivo da Terra não me compreender. Não me obedecer. Há certa impenetrabilidade e me sinto incapaz de movê-la, mesmo sabendo que poderia mexe-la com a força do ar, ou a potência da água sob ela.
Ainda é um mistério que terei de desvencilhar, já que ela não me permite conversar...
Mau-humorada como deve ser o Daemon de Aurora. Talves seja por isso que é assim, tão irredutível...
2 comentários:
Oi Camila,
Muito legal esse texto.
A mãe Terra é temperamental.
Hugo Marcelo
Gostei muito da diferença entre forças, vida e matéria na atuação da Svetlana. A mãe terra é rocha e ferro, não apenas raízes e grama. Quando ela se mexe, as casas dos homens desabam, ao mesmo tempo em que ela provê o alimento na colheita. Mãe terra, a fecunda origem e a terrível sepultura.
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