¥ Svetlana Olen ¥
Pedi tanto aos deuses para que algo acontecesse que agora me encontrava perdida, sem saber o que pensar. Precisava me concentrar e reorganizar meus pensamentos. Deveria ser mais sábia.
Enfim encontrara um Magi! Aquele homem tão misterioso, que muito embora fosse educado e cuidadoso, me fez sentir um medo na espinha!
Sem saber o que pensar, continuei andando pelas ruelas observando se não estava sendo seguida, pois tinha sentimentos de ter sempre olhos sobre mim. Lembrei-me que a parte a Taverna Domus que já quando ter que ir, outra idéia passou pela minha cabeça: “A Santa Maria Novella!”. “Lá certamente haverá outros Magis para confrontar minhas idéias! Por certo!” refleti.
Então tomei o rumo do centro da região oeste. De longe consegui vê-la. Esta Igreja tinha o seu perfil mais quadrado e tradicional que a anterior. Foi muito fácil de encontrá-la, já que a praça possui o mesmo nome.
Já de longe percebi a grande movimentação naquela igreja, frades entrando e saindo com seus hábitos e alguns com capuzes. Estavam com túnicas com mangas cumpridas e um grande escapulário sobre suas espátulas. Nas suas cinturas um cordão de couro e um rosário pendurado.
Entrei naquela igreja e senti uma grande força interna que jorrava em mim. Meu corpo se encheu de cãibras. Ela possuia três naves. Fui em direção à esquerda.
Ao adentrar e me ajoelhar no chão fingindo rezar, tive uma sensação de reconhecer um pouco de mim em um padre meio gordo, mas com o rosto magro. “Ele é um desperto!”. Sra. Ausra me havia dito antes que isso aconteceria, e aconteceu. Imediatamente, pedi para me confessar, pois era uma pecadora!
Durante minha confissão, tentei extrair frases de boas vindas, mas ele me ignorou e pediu para realizar minha penitência próxima ao altar.
Não poderia é claro sair gritando: sou Magi, ajude-me! Minha intuição poderia estar brincando comigo!
Altar |
Ao me passar da nave esquerda para a central e me ajoelhar perante o altar, percebi a presença de mais dois frades dominicanos me acercando, e ao me levantar bruscamente, eles correram e pegaram meus braços, cada um de um lado oposto!
“Socorro!” Gritei. Tive a sensação de uma situação muito perigosa! Lembrei-me de Pedro e sua frase dizendo que corria perigo!
O Padre com um grande grito disse para todos saírem da Igreja naquele mesmo momento. Os que ali estavam presentes, correram em direção à porta e em um piscar de olhos, me encontrava sozinha com os dois frades e o padre em frente a mim, segurando um objeto dourado.
“Padre Gilberto, agora!”, disseram os dois me segurando fortemente. Eles cheiravam a sândalo...
Uma luz me cegou naquele mesmo instante. Freia que havia sumido durante semana, aparece perante e como se fosse feita de vidro, estava se trincando! Meu corpo sentia agulhas perfurando e ácidos queimando minha pele. Olhamos uma a outra e choramos juntas. O colar de Freia captava nossas duas essências de lágrimas que se transformavam em pérolas rubro-negras. Era o fim.
E a única coisa que ainda consegui disser antes de escurecer foi PEDRO!
3 comentários:
Bacana...
Hugo Marcelo
E assim começava o ritual od exordaemon. Salva por um nephandus. Do fogo para a frigedeira, entre a cruz e a espada.
Aí é dureza. Fiquei pensando que a chegada da Sevtlana foi meio nervosa!
Tudo culpa do Mestre!
hahahahahahahaha
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