1 de dezembro de 2011

Cap. 27 – Abrindo os olhos...

¥ Svetlana Olen ¥ 
    

Aquele negrume no qual meu espírito estava mergulhado pouco a pouco se dissipou.
   
Ao abrir meus olhos pesados, não reconheci o lugar onde estava. Senti-me cansada e indisposta. 
    
“Não, Freia ainda está em mim!” respirei aliviada. Assim como eu, a sentia cansada e distante, sem força para se mexer. 



Após alguns minutos e recuperando minha consciência, percebi que não estava na Igreja. Estava sobre uma grande cama branca. Estava rodeada de véus de seda semitransparente, assim como a roupa que estava usando.




O cheiro no local era esquisito. Lembrava a rosas, mas podres ou muchas. Aquilo me incomodava. 


Decidi sentar e ao ver uma sombra mexendo e se aproximando, pude reconhecer que era Pedro.


- “Olá Svetlana. Penso que já está melhor! Sei que sentiria melhor nua, mas a deixei assim menos a vontade pois não saberia qual seria a sua reação ao me ver do seu lado”, disse me segurando uma taça que deveria estar com vinho.




- “Onde estou?” perguntei.


- “Você chamou por mim. E eu a salvei. Agora preciso que descanse. Mais tarde teremos mais convidados.” Respondeu.


- “Preciso ir Pedro. Agora não é o momento. Quem são esses convidados? Onde estão as minhas roupas? Onde estou?” indaguei ainda embriagada pelo cansaço.


- “Calma! Estamos no subsolo da Taverna de Domus. Relaxe, aqui está protegida!” disse-me com um olhar gélido.


Apesar de saber que estava livre daqueles dominicanos, não consegui me sentir segura. E ao me levantar da cama, percebi que era um salão muito maior do que um simples quarto. Procurei saídas e haviam somente janelas pequenas e altas demais para alcançar.
Encontrava-me presa e mais uma vez, com a sensação de medo e de estar perdida sem o que fazer.

“Bruno, onde estás?” Pensei.


- “Morto” falou em minha mente. “Um tolo que acreditava que os dedaleanos iriam ser combatidos de forma fácil e comum. Foi morto por eles sem piedade nenhuma...”


Aquilo me fez ficar ainda mais desesperada. Comecei a correr na sala e a gritar. Sabia que estaria tão em perigo quando a alguns minutos atrás.


Ao virar novamente em direção a cama, Pedro me olhou e minhas pálpebras caíram.






  

4 comentários:

Hugo Marcelo disse...

Esses dedaleanos são terríveis.
Não entendo como Abdul todas as noites procura seres despertos, mas não localizou nem Svetlana e nem Bruno.

Hugo Marcelo

dklautau disse...

Doctor hugo,

Na época o Abdul não fazia isso. E nós rolamos uma parada de dados para saber se você ia achar Svetlana e não achou.

Mais um mimimi.

D. Numa!

A liberdade literária de screscentar Bruno na narração foi esplêndida. Gostei bastante.

Hugo Marcelo disse...

mimimi, mimimi, mimimi...

Camila Numa disse...

hahahahahhaa