27 de junho de 2011

Sessão de jogo 26/06/2011 – janeiro de 1417.


Exatamente como nos últimos treze anos, Arturo, Aurora e Abdul se reúnem na sala da Santa Croce antes de partirem como observadores para a reunião do Conselho Legislativo de Florença. Esse ano em especial a pauta é recheada com temas polêmicos, e os magi são observadores de suas maquinações entre as ordens religiosas, as famílias aristocratas e as guildas burguesas. Com a ausência já de alguns anos de Eleonora, Heráclito e Svetlana, que retornaram aos seus Crays originais, os magi de Florença reforçaram seus propósitos em guardar Florença dos dias que se aproximam.

Ao chegarem ao Palácio Vecchio, as movimentações de milicianos, guardas particulares, carruagens, cavalos, procissões e manifestações populares e mendigos esperam a entrada dos poucos observadores permitidos. Somente os oitenta conselheiros escolhidos entre os três estados têm voz e voto. É uma segunda-feira, o primeiro dia da reunião anual dos conselheiros.

Os magi enxergam D. Vasari, arcebispo gabrielita, e Adriano Soderini, o bargello chefe da milícia, também gabrielita. Madre Sílvia os recebe, enquanto conselheira dos carmelitas, a última remanescente da cabala dos primeiros cavaleiros de Florença a permanecer na cidade. Os demais se espalharam pelo mundo, organizando a tão esperada jornada de Sh´zar, que já se iniciara no oriente.

Os conselheiros chegam, a as formalidades se iniciam e levam a manhã inteira. Apresentações, títulos e honrarias. Depois do almoço, é listada a pauta a ser votada nessa semana. No primeiro dia, somente são apresentados os interesses do conselho, e no segundo e terceiro dias são discussões e acordos para fechar a votação. No quarto, quinto e sexto dias as votações se realizam e o conselho é dissolvido, retomando suas atividades somente no ano seguinte. A república de Florença se orgulha de ser uma das mais democráticas, organizadas e justas da Europa.

Os primeiros temas são as eleições, anuais, do podestá, do bargello e do gonfaloneiro. Desses somente Adriano Soderini está há dezessete anos no cargo, desde 1400. Muito se comenta de apesar de sua boa conservação, estranha segundo alguns, está idoso para continuar como chefe da milícia. Os demais, recentes no cargo, têm tendência a ser renovados. Após isso, a escolha da sede do Papa João XXIII, de Pisa, em Florença. Em travessia para Constança, no Sacro Império, o papa João XXIII ficará em Florença por três dias, e a escolha de onde ficará hospedado está entre a Catedral, San Lorenzo e a Badia Fiorentina.

Depois, a proposta de construir o salão dos nove heróis. Inspirados na estátua de Ghibert, do profeta João Batista, a guilda dos artesãos e dos comerciantes, apoiados pela arquidiocese, propõe a construção de um salão com nove estátuas dos grandes heróis da antiguidade, três judeus, três pagãos e três cristãos. O investimento municipal de construção é a votação, sendo o artesão proposto para a execução das estátuas é Felipo Brunelleschi.

Também uma votação sobre investimento na guilda dos médicos e farmacêuticos é exigida, devido ao aumento de casos de peste nas vilas aos arredores da cidade. O risco é que a peste possa invadir Florença, deixando um estrago tão grande quanto nas plantações, criações de animais e nas populações dos aldeãos. Da mesma forma, uma votação para que a milícia possa destruir uma vila herética, já condenada pela inquisição, que agrega cerca de três mil pessoas em busca de comida, fuga da peste e segurança.

Lideradas pelo milenarista Joaquim, os heréticos já são a maior vila do campo de Florença. Uma campanha contra tal aldeia exigiria que no mínimo metade da milícia, com seis mil homens no total, se deslocasse para aldeia, para equipara o número. O problema é que saltadores e ladrões acossam as caravanas e mercadores que entram e saem de Florença em ocorrências crescentes, gerando desconfiança da capacidade da milícia.

Por fim, a guerra contra Milão, deflagrada em 1411, se arrasta. Os milaneses exigem que o comércio florentino com Veneza e o oriente seja tributado para passar por seu território, enquanto Florença se recusa a pagar. A guerra se arrasta, e congrega entre o exército externo da cidade e mercenários contratados cerca de vinte mil homens. A decisão de suspender a guerra e pagar tributos ou continuar com a independência depende da decisão dos conselheiros.

Ao findar o dia de trabalhos, os magi se reúnem na Santa Croce, com madre Sílvia. Começam os debates de como conduzir suas influências, contatos e aliados, e de como conduzir a jovem cabala à sua disposição. A decisão de manter gonfaloneiro, lançar Cosmo Médici, primo de Aurora, como candidato a podestá, lançar Enricco Riccardi como bargello. No caso do papa apoiar a estadia dele em San Lorenzo, com os inquisidores. Quanto à praga, tentar deixar a cargo dos carmelitas invés da guilda dos médicos e encarregar os franciscanos de dialogar com a seita do sétimo selo. Apoiar a continuidade da guerra com Milão.

 Definitivamente, a tensão desse ano se acentua e se diferencia dos anos anteriores. Algo grave está para acontecer. As ações das peças no tabuleiro começam a se movimentar. O ato III se inicia.
      

5 comentários:

Fabi Dias disse...

A tutta birra!

Hugo Marcelo disse...

Oi Diego,

Grande descrição, adorei! Esse Ato III promete. Estou ansioso para voltar à Florença para descidir essa parada.

Faltou colocar o que decidimos...

Atenciosamente,

Hugo Marcelo

dklautau disse...

Fala doctor.
Coloquei as decisões da cabala de santa croce.
Veja se concorda. Altere o que quiser.

Mike Wevanne disse...

Salve! Tomei a liberdade de add seu blog na sessão "Dados Rolando", sobre relatos de campanhas rolando por aí, no meu blog. Tudo bem? http://ascronicasaleatorias.blogspot.com

Hugo Marcelo disse...

Oi Michel,

Fique a vontade para nos add ao seu Blog.

Fico feliz em saber que vc está acompanhando nossas aventuras.

Um grande abraço,

Hugo Marcelo