5 de novembro de 2010

Sessão de Jogo 30 de outubro de 2010 - 31 de outubro de 1404


               Heráclito e Svetlana orientados por seus respectivos daimons, vislumbram igualmente o Círculo dos Gulosos no Inferno, onde observam todos os magi ali condenados a passar a eternidade, se não detiverem a maldição de Dante e perderem a guerra para a ordem da Razão. Após a visão, Heráclito e Svetlana dispersam e saem a procura dos outros magi da cabala, mas são informados por Arturo que Abdul, Aurora e Pietro se dirigiram para o Palácio Vecchio a fim de deterem a procissão. Heráclito e Svetlana, com a intercessão de Arturo junto aos milicianos que vigiam o cray, conseguem sair da Santa Croce e vão, também, ao encontro da procissão. Porém, ao se aproximarem do Palácio Vecchio só conseguem enxergar  uma densa cortina de poeira e não ouvem nada: o silênco é perturbador. Quanto mais perto chegam, Heráclito e Svetlana podem ver casas detalhadas, uma parede erguida a meio da rua, restos de uma carroça pegando fogo, escombros por todo lado. Heráclito usa magia e entra na película, onde consegue enxergar espíritos desorientados, sem entender o que havia acontecido, homens, mulheres,  mães procurando filhos, filhos procurando mães, uma verdadeira catástrofe. Svetlana usa sua esfera de mente e consegue detectar, entre os muitos corpos espalhados e os restos de construções,  Abdul e Aurora.

               Svetlana tenta carregar Aurora, enquanto Heráclito, afortunado pela roda do destino, consegue jogar Abdul em seus ombros. Enquanto os magi tentam se afastar dos escombros, escutam enojados a voz de um unseliee dizendo que eles não irão conseguir e que serão pegos. Ao mesmo tempo, barulho de equipamentos de rastreamento são percebidos pelo magi, que tentam fugir rapidamente. Svetlana tropeça. Ela e Aurora caem e são percebidas pela Ordem da Razão. Um maçônico aponta uma bereta para Svetlana que magicamente é transportada junto com Aurora, Heráclito e Abdul para longe daquele local.

               Ouvem novamente a voz do unseliee que se revela, atendendo ao chamado de Heráclito. O unseliee agradece ao magi, e pede que agradeçam especialmente Aurora, pois devido ao seu feito, as crianças nunca mais deixarão de ter medo, porque perceberam que rezar não adianta para afastar as fadas. Além disso, manda um recado para Abdul, ainda desacordado, que uma de suas filhas está muito doente, e caso ele não se apresse para vê-la, talvez nunca mais a veja com vida. Os magi seguem de volta para o cray. Outro unseliee, um sátiro, retorna aos escombros e resgata Pietro, estando ainda inconsciente.

               Chegando ao cray, Heráclito e Svetlana ficam à porta, à procura de uma forma de adentrar a igreja. Enquanto discutem, vêem a aproximação de uma carroça. Svetlana se aproxima da carroça e é confundida com uma pedinte. Troca palavras com o homem que está dentro da carroça, que também se dirige a Santa Croce, e aproveita a oportunidade para entrar no cray sem chamar a atenção dos milicianos. Avisa Arturo que alguém o espera, e que Abdul, Aurora e Heráclito ainda estão do lado de fora. Atendendo às ordem de Arturo, os milicianos permitem a entrada dos outros magi. Abdul e Aurora são levados para receber os cuidados paliativos dos franciscanos. Arturo recebe fervorosamente D. Constancio e o leva para uma reunião, acompanhando por Heráclito.

               Pietro acorda e se vê dentro do Palácio Vecchio, no salão central, tomado por unseliees. Percebe a presença de um cavaleiro negro voando, olhando por uma janela. Em cima de uma grande mesa, no centro do salão, está uma vampira que Aurora e Abdul já combateram antes, a mestra de Cásio e Cassandra, imóvel com uma estaca no meio do peito. O sátiro deixa Pietro enojado com comentários e insultos luxuriosos, e cobra um acordo em troca de tê-lo salvado, dizendo que, quando precisar, irá cobrar o favor que lhe salvou a vida. Pietro aceita retribuir o favor, assinando com sangue um contrato mágico que lhe é apresentado, e retorna ao cray. 

               Abdul desperta e recebe de Svetlana a notícia sobre sua filha. Mesmo muito debilitado se dirige à casa de suas esposas. Ao chegar, encontra as mulheres em prantos, sua filha mais velha inconsciente, com hematomas na nuca, no rosto, e com os olhos inchados, e seu sogro, irado, narrando a invasão da mesquita por judeus, na hora das orações. Yazir informa que naquele exato momento representantes islã estão reunidos com o chefe de polícia para dar queixa e exigir retaliação, e é uma questão de honra a presença  também de Abdul nessa reunião. O Ahl-i-Batin diz que não irá, pois sabe como salvar sua filha. O xeque reclama da ausência de Abdul nas orações e o culpa pela situação em que se encontra Alima Sameena. Uma frenética discussão é iniciada. Yazir ameaça tomar sua filha de volta. Abdul não dá ouvidos, pega sua filha nos braços e se dirige para santa Croce, deixando para trás suas mulheres derramando rios de lágrimas, e seu sogro espumando de raiva.

               No cray, a reunião entre Arturo, Heráclito e D. Constancio prossegue inflamada. Heráclito consegue convencer D. Contancio que se compromete a interceder pela liberação da Santa Croce junto ao bargello. Nesse mesmo momento, Aurora é avisada de que Abdul está a sua espera na porta do cray. Ela e Svetlana vão ao seu encontro e se depara com Abdul segurando nos braços sua filha mais velha, clamando por ajuda. Aurora e Svetlana tomam a menina e através de magia conseguem reanimar Alima Sameena e curá-la do traumatismo crânio-encefálico sofrido. Aproveitam a magia conjunta e usando vida para melhorar a vitalidade de Abdul e de Pietro, exceto de Heráclito, que não quis receber os cuidados das magi. 

               Abdul leva sua filha para repousar e se junta aos magi, reunidos na sala de Arturo. Uma discussão começa:  o que irão fazer frente as diferentes realidades que se apresentam? Entregar ou não o livro de Aristóteles à ordem da razão? Intervir junto aos unseliees no Palácio Vecchio? O que fazer para retalhar o ataque dos supostos judeus aos islâmicos? Realizar ou não um teatro para inserir as idéias de Aristóteles na cabeça do povo florentino? Combater, e como,  a missa que será realizada no dia 02 pela ordem da razão?

               Heráclito se retira para os seus estudos. Ao retornar, discorre sobre a descoberta que fez na obra de Aristóteles. Porém, ainda não está claro se a Ordem da Razão faria melhor uso do livro do que os magi. Abdul propõe uma magia conjunta para saber se o livro pode, no futuro, trazer algum mal para os magi. O ritual começa: Heráclito morde o pedaço do dedo de uma mão que utiliza nos rituais, Abdul começa a recitar uma surata, Pietro recita um poema, Aurora esfrega um pingente e Svetlana pega pó do chão e deixa cair de suas mãos. Então, o magi vêem a desmistificação e banalização da arte, livros sendo produzidos em massa, a arte sendo popularizada em seu entendimento e padronização, perdendo seu hermetismo, enfim o que aconteceria se a "Arte Poética" caísse nas mãos da Ordem da Razão.

               Ao fim do ritual a discussão recomeça. Svetlana chama a atenção dos magi ficando nua e fazendo um som estrondoso com uma palma, tentando mostrar que o que precisam é chamar a atenção do povo pelos sentidos. Ela se recompõe e os magos percebem que é hora de dar uma pausa na discussão, antes de tomar qualquer decisão.
    

4 comentários:

Hugo Marcelo disse...

Grande Fabiana,

Muito bacana o resumo da sessão!!

Acho que o correto seria bolsa-postagem ou bolsa-Blog e não mais bolsa-prelúdio... Hehehehe

Hugo Marcelo

Ana Fiori disse...

Bacana mesmo, Fabi.

Nossa situação está ficando tensa...

Camila Numa disse...

Eras, toma cuidado Mestre! Já tem uma provavel candidata a substituição dos resumos dos jogos!!!
hehehehehehhe
Beijos pros pais!

Fabi Dias disse...

humm...obrigada!!! Ser comparada com esse mestre é uma honra!!!rs...
Bjs