7 de outubro de 2010

Sessão de jogo 03/10/10 (outubro de 1404). Parte I

Sessão de jogo 03/10/10 (outubro de 1404). Parte I


Após o relato de Heráclito sobre os garou, existe uma tensão com Abdul, que questiona sua decisão de ir com os lobisomens, e o conflito entre os magi se acirra. Apesar da decisão de partirem para o leilão de carne humana, num galpão nas proximidades da ponte vecchia, a discussão faz com que Heráclito peça um cavaleiro para levá-lo, enquanto os demais magi partem em uma carroça. Arturo decide ficar, uma vez que os primeiros cavaleiros não estão mais no cray.

Partindo, percebem uma Florença cheia de procissões, novenas, preces públicas, pregações e adorações. Tudo se movimenta em tom religioso fervoroso, notado pelos magi com desconfiança. Quando se aproximam da Ponte Vecchia, um monge, vestido em hábito desconhecido, os faz parar. Ao pedir para falar com Aurora e Abdul, os magi reconhecem o mesmo monge que pedira, a três anos, que Arturo destruísse uma imagem no mosteiro de San Miniato al monte, refúgio de tremere, em troca da localização do nephandus Petronius.

Abdul não consegue entrar na mente do monge, que conversa com Aurora, mas detecta a presença de uma força mental que condiciona o monge. Dessa vez, a proposta do estranho monge é que os magi impeçam uma procissão que acontecerá às 8 horas da noite, na frente do palácio vecchio. Como garantia da ação da cabala, exige um item particular dos magi em troca da localização das pessoas que seriam mortas para o leilão de carne, que estariam em outro lugar que não o galpão.

Após negociações, Svetlana decide entregar uma das suas jóias que usa como runas, e então o monge lhes entrega uma planta de um dos palácios próximos do Palácio vecchio, com indicações de um subterrâneo onde estariam as pessoas.

Dentro da carroça, novamente o batini e o chackravanti discutem seriamente, e Heráclito parte, afirmando que de agora em diante agirá sozinho, Aurora intervém ao lado de Heráclito e ambos partem para o prédio dos prisioneiros. Ao mesmo tempo, Abdul e Svetlana rumam para o leilão de carne. Divididos, os magi acabam por tentar solucionar as duas tarefas simultaneamente.

Abdul e Svetlana chegam no galpão, nas proximidades da ponte vecchia. Após breve identificação, entram num ambiente inóspito, largo, onde cadeiras e mesas estão dispostas como numa arena. Em camarotes, nas quatro paredes, estão compradores de carnes. Dois pilares, protegidos por guardas, que queimam incenso, um no meio da arena e outro no camarote oposto a entrada, criam um ambiente sufocante e abafado, que juntamente com a fumaça de carnes queimadas gera um ambiente mórbido e cruento.

Aurora e Heráclito chegam no prédio próximo ao palácio vecchio. Percebem que é uma estalagem de qualidade, com muito movimento. Imediatamente, começam a investigar um subterrâneo. Aurora decide criar uma capa invisível, enquanto Heráclito tenta sentir a roda da fortuna para achar uma pista. Após vasculhar, Aurora não encontra o subterrâneo, enquanto Heráclito, castigado, explode o lavatório da estalagem, criando uma confusão, sendo ferido e com os cabelos queimados.

Abdul e Svetlana sentam em uma mesa. Percebem que os convidados comem as carnes que acabaram de comprar. Inicialmente carnes de animais, mas já se anuncia carne humana. Recebem vinho, cerveja e um balde para secreções e vômitos, para estimular o apetite e comer mais. O ambiente se torna mais opressivo, e Svetlana percebe Petronius no camarote do pilar de incenso, que a observa cuidadosamente. Abdul, ao tentar criar uma confusão através da mágia, percebe que os pilares de incenso impedem sua magia, entendendo a fragilidade de sua situação com Svetlana.

Aurora, aproveitando a confusão gerada por Heráclito, entra no balcão central e faz, por magia, com que um dos atendentes saia de seu posto por necessidades de evacuação. Descobre o alçapão que leva ao subterrâneo. Heráclito, aprisionado, paga um preço injusto pelo banheiro, e inclusive aceita a reformar o que destruiu, afirmando que fora seu cachimbo que explodira o cômodo. Apesar das desconfianças, os empregados do balcão o fazem trabalhar imediatamente. O chackravanti, embora ferido, aceita para poder vasculhar melhor o prédio está.

Abdul e Svetlana presenciam a terrível cena do leilão de carne. Pedaços de uma criança, uma mulher e um bebê recém-nascido são vendidos e devorados na hora. Percebem então o espírito da onça, preso a um lustre no teto do galpão, que se contorce de prazer nas monstruosidades realizadas naquele local. Os convidados já parecem estar em transe, como na taverna Domus. Svetlana se sente atingida e incomodada com a situação, enquanto Abdul se irriquieta buscando como lançar sua magia.

Aurora, ao entrar nas catacumbas, vê um corredor com celas, cheia de crianças, mulheres e homens. No fim do corredor, encontra um matadouro e ferramentas para destrinchar carne humana, com alguns corpos recém retalhados. Consegue destruir os cadeados que prendiam as pessoas, mas não as convence a sair do local, porque são prisioneiras, do interior, onde os senhores feudais as mantém sob controle. Aurora entende que são pessoas que foram vendidas por serem excedente das áreas e plantações senhoriais. Heráclito percebe que homens se aproximam do galpão, e abrem o alçapão. Através de magia, consegue novamente criar uma confusão e, movimentando malabaristicamente a roda da fortuna, consegue seguir os homens sem que os demais percebam o que aconteceu, e fecha o alçapão.


Svetlana, sem poder conseguir mais suportar, decide interromper o leilão, oferecendo a própria mão para ser leiloada. A platéia exulta de excitação, já deformados pela gula e pelo demonismo, enquanto Svetlana se dirige ao centro da arena e faz o elogio de sua carne. A disputa se concentra entre Abdul, Petronius e o obeso anfitrião do galpão. Ao fim, Abdul vence o leilão, se aproxima da arena, proclamando que ele mesmo tirará a mão com sua cimitarra. Os guardas se aproximam, desconfiando da cimitarra do batini. Svetlana, então, crava um punhal em sua mão, evitando a extração, e levanta a mão com o punhal cravado. A platéia, adormecida no transe infernal, grita de júbilo, os guardas se atrapalham, e Abdul acerta fortemente o pilar de incenso.

Os homens que entram nas catacumbas, seguidos por Heráclito, começam a discutir sobre a venda da carne humana. Aurora percebe que são senhores feudais, ávaros, que querem se livrar de custo extra de excedente populacional, enquanto o banqueiro, pródigo e vaidoso, se realiza ao poder negociar a vida humana com seu dinheiro. Enraivecida, Aurora faz com que as barras das celas se transformem em paredes de ferro, fechando os prisioneiros e impedindo que os algozes os alcancem. Desesperados, os homens começam a discutir freneticamente o preço, e o espírito da onça aparece no matadouro ao fim do corredor. Heráclito puxa sua espada e mata um dos avaros, e o sangue derramado parece alimentar a onça. O magi então decide começar o rito de purificação.

6 comentários:

Hugo Marcelo disse...

Grande Diego,

Mais uma vez uma bela descrição da sessão...
Um belo texto!!

Um abraço,

Hugo Marcelo

Hugo Marcelo disse...

Grande Diego,

Gostei da forma como você foi descrevendo concomitantemente as duas aventuras... Um exercício literário interessante!!

Notou que o Blog está um pouco mais rápido? Fiz umas mudanças...

Hugo Marcelo

Ana Fiori disse...

Terminei de ler os relatos das sessões. Estou ansiosa pra jogar de novo com vocês...
O bicho tá pegando!

Hugo Marcelo disse...

Ana,

A chapa tá quente... Hehehe

Hugo Marcelo

Camila Numa disse...

Devo confessar que ainda estou com o estomago embrulhado desde a ultima mesa...

Hugo Marcelo disse...

Oi Camila,

Sinal que o jogo foi bom, realista... Hehehehe

Hugo Marcelo