A guerra entre Magos e a Ordem da Razão continua após curto período de trégua. Embora estejam mais poderosos, graças à quintessência que emana do Cray, e a aliança firmada com os franciscanos traga paz e segurança, os Magos se preparam para lidar com uma nova ofensiva da Ordem da Razão, mais consolidada e articulada no espaço público de Florenza, influenciando de forma decisiva seu cotidiano.
As disputas, outrora caracterizadas por sangrentos combates, agora se dão também no campo político-ideológico. A Ordem da Razão está empenhada em impor seus valores aos mortais comuns e estabelecer seu domínio sobre a sociedade florenze, disseminando a intolerância à Magia.
Portanto, uma oportunidade ímpar para a Ordem da Razão mostrar sua força política, ganhar prestígio através de seus artífices e conquistar de forma quase hipnótica os corações dos adormecidos, é a submissão da arquitetura do “sagrado batistério” aos ideais da Ordem. Um concurso se inicia para a escolha de qual escultura ornamentará as Portas Norte do Batistério. Mais do que uma simples “peça decorativa”, a arte “engajada” se torna um canal condutor de idéias e impressões que influenciam sobremaneira os adormecidos.
Dois artistas se destacam: Filippo Brunelleschi, artesão e importante membro da Ordem da Razão, e Lorenzo Ghiberti, um humanista adormecido. A temática abordada por ambos, a representação do sacrifício de Isaac por seu pai Abraão, trás elementos que enfatizam a submissão e incapacidade do Homem de escolher seu destino (representado por um anjo subjugando Abraão, o qual ignora seu filho) na concepção de Brunelleschi, ao passo que Ghiberti representa Abraão livre, com olhar voltado para seu filho, com um anjo com sua mão direita próximo à cabeça de Abraão, como que iluminando seu juízo.
Além de magia, os Magi terão que usar sua influência política e eloqüência para convencer os 80 membros do conselho a votarem em Ghiberti. O que não será fácil...
Um comentário:
Grande Diego,
Eu é que agradeço sua mestragem...
Um grande abraço,
Hugo Marcelo
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