Janeiro de 1417.
13 anos se passaram, 7 anos que estive longe e
muita coisa se passou.
Era de fato importantíssimo o meu retorno, pois pudemos
hierarquizar nossas prioridades e fortalecê-lo.
Estávamos todos sentindo o clima ficar mais tenso
no ar. Nossas preocupações nos deixavam transparecer pelas desavenças que tínhamos
durante nossas reuniões. Parecíamos mais grupos de hienas lutando uma contra as
outras para saber quem era aquele que mais saberia a resposta pras nossas
perguntas.
A única válvula que tinha era Valentina nas noites
de lua cheia. Sei que estava ficando perigosos nossos encontros, tanto que já
havia prevenido que teríamos que nos falar com menos frequência, mas era como
um vício.
Minha menina ainda tinha saudades e quando ouvia a
sua voz, ficava receosa de que Eles pudessem encontrá-la.
Valentina me disse que sonhava com corpos
pendurados, enforcados e rostos de pessoas que não conhecia. Na verdade, eram
todos rostos que eu já tinha visto no dia em que a conheci. Tratei de
esclarecê-la que só tratava de sua imaginação e que deveria ter mais
concentração nas suas obrigações perante o Cray.
O tempo estava voando e as tensões aumentando.
Vinha tendo pesadelos novamente com Petronius, a mãe de Valentina pegando fogo,
brigas internas no nosso Cray, e o pior de tudo, Eska sendo abalada e Srª Ausra
caindo em um sono eterno.
Novos laços foram feitos. Garous e Magis juntos.
Voluntariamente ou contra, estamos nós juntos para combater o mal que
assombrava Florença.
Uma nova cabala foi criada por novos despertos e
que estavam sobre nossa responsabilidade. Sabia que era cedo ainda para
Valentina se juntar a eles, pois ela ainda haveria de progredir.
Eram muitas informações a serem digeridas,
revividas e aceitadas. Mas nem isso fez com que a realidade de Florença nos respeitasse
e nos desse mais tempo.
2 comentários:
Pois é, a realidade não respeita ninguém!
Hugo Marcelo
Aff.
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