¥ Svetlana Olen ¥
Estávamos quase chegando em Bolonha na carruagem quando recebi a sua mensagem. Pela voz estremecida que ouvia, Sra Ausra aparentava não estar nada bem.
“Minha menina entro em contato, embora tenha muito receio, preciso falar com você. Antes de tudo, seja muito prudente. Eska está quase abandonada. Os dedaleanos avançaram muito e estão destruindo a tudo e a todos. Os ataques foram massivos e na maioria das vezes de surpresa. Nossos amigos foram massacrados em questões de dias. Alguns ainda vagam como fantasmas pela cidade sem se lembrar ao certo quem são. Em breve, não haverá mais nada que possa fazer. A única solução que me resta é de partir e deixar que o mar invada nosso Cray, para tentar protegê-lo. Talvez pela distância da costa e a água do mar, preenchida por outros animais possam maquiar a nossa querida Eska. Ouça-me com atenção: ao chegar a Florença tenha muito cuidado! Não está sendo fácil. Soube por alguns Garous que saíram de Florença para defender e combater os seus territórios próximo à Kupala Alka, muitos morreram. Os combates estão cruéis. Apesar disto, Embry está a caminho da França para firmar um acordo feito. Em um dos últimos combates, acabou ficando cego de um dos olhos. Aqui ficaram ainda muitos Magis que estão lutando bravamente em Florença. Contudo, a inquisição está com data marcada para a saída da cidade e a Ordem da Razão pretenderá atacar assim que a trégua terminar. Você não poderá mais tardar! Precisa encontrar a capela destinada a abrigar o profeta Sh’zar! Haverá pessoas que aparentarão ser muito diferentes de nós, mas ainda sim confiáveis. Aquelas que lhe parecerão amiga, tenha sempre um pé atrás. Lembre-se sempre: prudência! Ah sim, tenho que lhe contar. Tive um sonho estranho com você. Era como se a visse sendo mergulhada em um rio negro e que ao sair flutuando, estava toda banhada por sangue e apareciam feridas em seu corpo. Lembre-se Verbena, a vida é um ciclo pelo qual devemos crescer com sabedoria e astúcia. Aprenda a aceitar, mas sempre questione. Que os deuses a protejam!”.
Assim como eu, Bruno também havia recebido uma mensagem dela. Percebi que ele havia um sorriso estranho no rosto tentando esconder sem muito jeito. Sabia que algo muito em breve iria mudar...
Meu pai havia concluído tudo na cidade na qual ficamos por alguns dias. Agora deveríamos seguir rumo a Florença. Ele e Bruno não conseguiam mais esperar para chegar à cidade, quanto a mim, preocupada em parte com Eska, perdida com o que aconteceria entre Bruno e eu e sem saber de quão grande era esta minha missão.
Caminhos até Florença
Durante o percurso, várias vezes tivemos que parar para sermos analisados pela inquisição. Eu fazia finta de mulher educada e muito católica que por vezes até cantarolava canções da igreja para passar despercebida. Outras vezes iramos muito rápidos para nos distanciar de pressentimentos que tínhamos enquanto a percorrer tal estrada. Era certo de podermos encontrar naquela região com dedaleanos, mas também com outras criaturas tão quanto estranhas.
Depois de muitos caminhos percorridos nesses meses de estrada, por fim, chegamos a avistar Florença, que ainda não havia sido tocada pelos raios solares, mas que o frescor do amanhecer ocupava meus pulmões acompanhados pela batida dos sinos.
3 comentários:
Grande Camila,
Muito legal esta postagem. A mensagem é emocionante e vc amarrou muito bem com a história contada até então. Gostei muito...
Agora o Cray Verbena está submersso, mas com "Vida" é possível fazer surgir guelras e os Magi poderam morar lá sem problemas. Hehehe
O que mais me impressiona nessa narrativa é a qualidade dos jogadores. Digo qualidade a capacidade de prestar atenção em datas e sequencias narrativas. Essa postagem foi mais uma prova de tudo o que é gratificante neste jogo jogo de contar estórias.
O sonho de Ausra se tornará realidade de forma inevitável e ultrajante. Petronius primeiro, depois o inferno de Dante.
O problema por enquanto HUgão é esconder Eska. Assim como nós, eles também poderão ter alguém que tenha guelras!
nããããããão!
hahahahhahaha
Postar um comentário