24 de outubro de 2011

Diksha - A experiência da morte



Também chamado de despertar tanatóico, o Diksha ocorre quando um Eutanatos se aproxima da morte para conseguir alcançar uma vida nova como mago.

Isso ocorre pelo fato de não existir a possibilidade de alguém começar uma nova vida sem uma morte, ou seja, para os eutanatoi, quaisquer ferramentas sagradas, mantras, nomes, etc. só serão ligados àquele mago que passar pelo ritual de iniciação devido. E esse ritual inclui a experiência de morte.

Sem essa experiência, o ritual Diksha não pode ser iniciado. Para serem considerados membros, os Eutanatoi devem passar por esse ritual único que lhe dará a marca e lhe obrigará os preceitos da Tradição.   

Com relação à ritualística, existem diversas variantes diferentes para cada uma das seitas. Algumas celebram solenementemente a entrada de um novo Eutanatos, enquanto outras preferem a empalação ou o enforcamento.

Ao contrário do que parece, o Diksha não é uma manifestação mortífera. Ele usa as características da morte objetivando algo muito mais profundo e com consequências reais no mundo material. Trata-se de uma exploração do que significa viver para o mago. A proximidade da morte facilita a percepção do que é importante na vida e o que se deve fazer a partir de então, adequando-se a padrões morais ditados pela espiritualidade.
 
   

3 comentários:

Hugo Marcelo disse...

Grande Filipe,

Excelente texto. Muito esclarecedor.

Como é viceral o ritual de iniciação dos Eutanados...

Um grande abraço,

Hugo Marcelo

dklautau disse...

Também gosto desses textos mais conceituais. Ajuda a compreender o universo mítico do personagem e auxilia a narração.

Isso explica também a forte ligação do Heráclito com a putrefação e as dores. Como o despertar dele foi tão intenso com a morte e com Hades que funciona bem essa relação com a Diksha nos seus foci e rituais.

Muito bom D. Larêdo!

Camila Numa disse...

Meu quase Herói!
hahahaha