Cap. 32 – Adaptação

¥ Svetlana Olen ¥ 

Ao acordar finalmente no Cray Santa Croce, local então onde Sra. Ausra havia me falado, me levantei e saí do quarto no qual me encontrava. Ao abrir a porta, haviam muitos franciscanos que andavam de um lado para o outro sem se incomodar com uma estranha no local. Acabei pegando algumas roupas que havia no quarto. O quarto parecia de alguém que gostava muito de estudos, pois havia livros, pilões e alguns tubos de ensaio no local. 

Ao caminhar mais um pouco, vi a mulher que estava ao meu lado ao acordar. Fui até ela me apresentar. Depois de minhas explicações, contando que fui enviada pelo labirinto Verbena de Eska, comentei da minha missão e saber se ela estava ciente de que Sh’zar chegaria em Florença.

Uma voz rouca e tremula respondeu que ele reconhecia a missão. Se chamava Heráclito do Labirinto do Touro em Creta. Sua aparência era algo jamais visto. “Só se compara com os nosferatus que conseguem ser tão feios assim!”, pensei. Com o passar do tempo, fui me acostumando com aquela feiúra e percebi que dentro dele havia uma inteligência como um poço sem fundo. 

Eles me contaram tudo o que havia acontecido na Taverna Domus e que Pedro ou Petronius havia fugido. “Mas que covarde! De qualquer modo, matarei eu mesma!”, refleti.

Mais tarde, conheci Ishmael, um senhor gordo muito engraçado que reforçou a missão de Sh’zar e a importância que teria o Cray em Florença e foi muito hostil comigo. Logo em seguida, conheci também Abdul, Eleonora/Pietro, Ramadelli, Arthuro e outros. Cada um com uma personalidade bem particular.

No mesmo dia também fui avisada que haviam feéricos na cidade e que Abdul e eu deveríamos ir ao seu encontro. Aquela notícia me animou um pouco, pois me faria rever criaturas que não via a muitos meses. Me faria sentir, quem sabe, como estivesse em casa. Começando ao menos a me sentir assim.